sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

FALECEU CARLOS LEITE RIBEIRO

CARLOS LEITE RIBEIRO ESTÁ NOS BRAÇOS DE DEUS!


Queridos irmãos e irmãs do Portal CEN.

Tristemente e com profundo pesar em meu coração comunico o falecimento de nosso querido e amado Mestre Carlos Leite Ribeiro.

Ocorreu há poucas horas e fui comunicado pelo seu bisneto Gonçalo Ribeiro. Vamos manter contato e ver uma maneira de que o legado deixado por ele não pereça jamais.

Rogamos a Deus que o receba em sua glória!

Dermeval Neves

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Brincar sem Abusar - BLOCO 2



“Brincar sem Abusar”
BLOCO 2



Em comemoração do 20º Aniversário do Portal CEN - CÁ ESTAMOS NÓS lançamos o desafio Brincar sem Abusar a todos os Autores, Autoras, Amigos e Amigas do PORTAL CEN. Aqui vai o segundo bloco do mote - Visita do ET Sapo:

Anastácia Heck
Mato Grosso do Sul – Brasil

ET - Sapo

Era primavera, uma manha com sol brilhante!
Acordei com um suave perfume, vindo da ramada florida na sacada da minha janela!
Ao sair para melhor sentir aquele aroma, a vizinha que varria a calçada, gritou:
– Hei! Você já recebeu a visita do ET Sapo?
– O quê, respondi, um Sapo?
– Sim, concluiu ela.
– Ele anda aí pela redondeza!
Enquanto eu afagava as flores, me deparei com um par de enormes olhos muito vivos a me contemplarem!  Levei um susto dando um salto para traz, exclamando:
– O que? Um Sapo? E, continuei... – Um sapinho meio diferente...
Aí ele disse: – Olá, posso ficar aqui nessa belezura? Sou o ET Sapo ao ver essas flores não resisti, queria ver tudo isso de perto!
– Há sim respondi...
– Chamei de volta a vizinha e disse:
– Sim, sim recebi a visita do sapo, vem ver!
Tomando-o entre as mãos contemplamos admiradas aquele animalzinho tão diferente que veio me visitar!
Coloquei-o de volta na ramada e lhe disse:
– Pode comer todos os mosquitos e insetos  que encontrar, assim poderei dormir tranquila me deliciando com o perfume das flores que entram pela minha janela!
– Ao amanhecer as folhas ficam cheias de orvalho e aí terás  água para beber, concluí.
Ele respondeu – Sim, sou pequeno, posso subir por todos esses ramos, vou vigiar seu sono!
Quando caiu a noite tive um sono tranquilo, e ao acordar fui ter com meu gentil visitante, porém não mais o encontrei no meu jardim!
Anastácia Heck


Carmelita Ribeiro Cunha Dantas
Brasil

ET - SAPO

Desconhecido de aparência incomum surge do nada e aparece em minha frente, no quintal de minha casa. Assustei-me com aparência da criatura, que com ar de tristeza, descia uma lágrima dos olhos grandes pretos e oblíquos, muito assustado também, como se algo deu errado em seu percurso de viagem.
Fiquei analisando os detalhes da criatura estranha no final da tarde, mas ainda com o claro do dia, figura de baixa estatura de braços longos, dedos finos e longos só com quatro dedos, unhas grandes, cabeça grande, nariz e boca pequena, orelhas minúsculas, só o sinal, o tronco curto e cilíndrico, esguio, pernas curtas e pé de pato, pele cinza esverdeada em toda sua estrutura da cabeça aos pés.
Em meio esta estranheza a criatura comunica por ondas telepáticas que sente muita fome e sede, mas seus gestos entendi, pois, sentir muita vontade de comer e beber também e não estava. Logo providenciei água, suco, leite e pão com manteiga e biscoitos para ele comer o que lhe agradasse.
Comeu tudo e queria mais, foi muito rápido, quando voltei à cozinha para pegar mais lanche, que voltei não tinha mais ninguém no quintal, já havia desaparecido.
Só ficou a imagem da gota de lágrima saindo daqueles grandes olhos pretos, como se algo em sua vida não era para acontecer assim...
Carmelita Ribeiro Cunha Dantas


Donzília Martins
Paredes – Portugal

 ET - SAPO

– Olá! Bom dia Sr. ET Sapo. O que o traz por cá e a quem devo a honra de tão estimável visita?
– Olá. Bom dia minha senhora. Hoje está um belíssimo dia de sol e o Portal Cen enviou-me para lhe dar um abraço e gozar as delícias deste lugar maravilhoso situado no Vale do Sousa e onde posso até visitar toda a rota do românico. Por isso, saí do meu cantinho onde me recolhi do frio e da chuva nestes últimos dias e vim cantar-lhe o dia.
– Obrigada Sr. ET sapo. Não me trate por senhora, mas simplesmente por amiga Donzília. Ou Donzília Martins.
O seu verde mesclado traz-me esperança e contrasta com a secura do grande período da seca e dos incêndios que assolaram o nosso lindo país.
– Pois é amiga. Visto-me assim de verde e às vezes meio castanho para me proteger de quem não gosta de mim, apesar de ser meigo, doce, o mais benéfico guarda das hortas e dos jardins. Contudo as pessoas nem assim me olham com amor e, vivo triste.
– Não fique assim triste meu amigo. Os humanos nem sempre são compreensivos nem tão pouco dóceis ou amigos de quem lhes faz bem. São muitas vezes egoístas olhando mais para si do que para quem lhes sacrifica horas de vida e luta. Só mais tarde, quando perdem os benfeitores, é que se apercebem do bem que perderam, dos beijos que não deram, da mão que não estenderam, do ombro que recusaram, dos momentos não vividos ao lado e dos instantes que podiam ter amado mais.
Mas aí, já é tarde.
– Olhe minha amiga – continuou ET Sapo – eu adoro arte! Fascina-me o belo dos jardins, os campos, as paisagens, a luz, o sol, a poesia, as montanhas, as tocas das árvores onde me refugio, o canto dos pássaros, este belo dia de sol a beijar a sua mão, que sei vai registar este feliz encontro.
Porém, a maior parte dos homens não sabe olhar e corre sempre apressado e sem tempo!… Não param para tocar, olhar, amar. Adoro este lugar. Daqui avista-se o Mouzinho, a que já chamaram “Cidade Morta” Um castro na zona de Penafiel. Lindo de ver… Um encantamento que vale a pena visitar.
– Obrigada ET Sapo. Estou encantada com a sua beleza verde e esses dois lagos cristalinos de olhos a brilhar à luz. Mas reparo que além de triste pela insensibilidade dos homens, está magro e, nesse olhar ternurento corre um veio magoado de solidão.
Entre. Venha comer alguma coisa. Há sempre para alguém que chegue.
Sente-se e esteja á vontade. Ao poeta dói-lhe a alma em todos os corpos, em especial no seu, tão frágil, tão humano, tão dócil e tão desprotegido! Que deseja comer?
– Sabe amiga porque vivo nos campos e adoro todos os seres vivos, sou mais vegetariano e o meu principal alimento são plantas e o meu prato preferido é pétalas de rosas  desfolhadas nos jardins e também os bichinhos que destroem as plantas.
A mulher olhou para as rosas vermelhas, uma orquídea e o azevinho de natal já a murchar na jarra que enfeitara a mesa da ceia de natal. Recolheu as pétalas, pô-las num pratinho de vidro salpicadas de gotas de água e enfeitou com bolinhas de azevinho. O ET Sapo olhou o carinho e a doçura com que a mulher lhe preparava o manjar.
Em silêncio, porque as palavras em soluços lhe morriam na garganta, comeu, bebeu, e no seu terno e doce olhar agradeceu.
Ah! O poeta em seu total corpo não tem margens – pensou ET Sapo.
Depois, num olhar de ternura feito verso, estendeu a patinha num adeus até breve, subindo para a janela que dava para a rua do silêncio.
Numa singularidade ou a dualidade, queria ir e ficar…
Ir porque o seu lugar era no paraíso onde vivem todas as luzes e pirilampos e flores.
Ficar, porque gostava de quebrar a solidão dos dias dos que sofrem por amor e cujos entes amados partiram, mas ainda que lhes passeiem por dentro.
Mas a vida chama.
Esticou as pernas traseiras e… num salto de gigante o Sr. ET Sapo foi viver o seu mundo onde se cantam hinos de glória ao criador.
Donzília Martins


Jacó Filho
Brasil

INCRÉDULO VISITANTE (ET - Sapo)

Em plena madrugada a campainha toca,
Passado o susto, dispus-me abri a porta.
Então vi um ser, parecendo folha morta,
E querendo entrar, diz-me: Te importas?
Venho dum planeta que polui atmosfera,
E por conta disso nem respiramos direito.
Expulso por descaso, depois do mal feito,
Estou sujo, faminto, mas forte de pernas...
Dei-lhe larvas e abrigo, além dum banho,
Com minha receção, quase cai de susto.
Bem dizia da sorte e como Deus foi justo...
Pra deixa-lo melhor falei sobre os ganhos,
De sermos generosos, no bem irmanados.
E Ele diz ser a terra, como tinha sonhado...
 Jacó Filho



Leunira Batista Santos Sousa
Nossa Senhora da Glória – Sergipe – Brasil.

ET ou Sapo?

Ah, um Sapo me visitou...
Pulando com boas novas chegou
Minha mente em confusão
Assustei-me sem razão.

Numa manhã ensolarada
No jardim da minha casa
A vitamina D me abraçava
E a companhia tocava
Sou Sapo, como o Carlos denominou
Pediu licença e entrou
Um diálogo com a metáfora
Na poeira das estrelas entrelaçou.

De literatura e arte falou
Sua fome, com minha obra
O Espelho da Felicidade saciou.

Agradeceu a acolhida e parafraseou:
O mundo encantado da imaginação
Fantasia o meu coração
Tento acabar com o ódio
De príncipe também sou chamado
Ah, não sei se sou ET ou SAPO!

Leunira Batista Santos Sousa


Márcia Jaber
Juiz de Fora – MG - Brasil

A Visita do ET Sapo

A noite já vinha caindo, quando resolvi fechar a porta da varanda. Não estava preparada para a inusitada surpresa. Visita?
Vi, apenas, na difusa luz do final de crepúsculo, uma figura de enorme cabeça, com imensos olhos negros monocromáticos,  esqueléticos e  longos braços  e muito baixa estatura. Gostaria muito de fazer-lhe alguma pergunta, porém a voz me faltava e creio que ideias também.
Foi ele, (lá o que ele fosse) que tomou a iniciativa, muda, gesticulando e apontando minúsculo orifício em sua face, que eu entendi como boca. Teria fome? Sede? Pelo menos não era agressivo... Na dúvida, trouxe-lhe os dois: um copo de suco de laranja e um pratinho de biscoitos. Provou o suco, fez careta, jogou fora. Os biscoitos, bem, foi muito estranho! Ele os aproximou de algo em seu rosto, que eu entendi como nariz e os aspirava profundamente, várias vezes, até os biscoitos ficarem no prato, sem cor, como uma farinha.
Tornou a apontar para a boca, e eu, já quase íntima daquele ET, (seria mesmo um ET? Recusava-me a acreditar), trouxe-lhe água mesmo. Essa, ele bebeu, com a pequena boca, todinha, até o fim. Sorriu, apontando o fino dedo para o céu, e fez uma espécie de dancinha estranha, que eu entendi como satisfação.
Nesta altura dos acontecimentos, eu já o achava simpático e imaginava como, além de gestos, poderíamos nos comunicar.
Parece que a visita seria rápida, pois ele apontou um artefacto oval meio oculto entre os arbustos, fez novamente a dancinha e rapidamente tomou o caminho dos arbustos para seguir rumo ao céu.
Logo agora, que eu estava cheia de perguntas e curiosidades...

O E.T. que eu vi, só queria,
com seu jeito controverso,
amizade e simpatia
entre os mundos do universo.

Márcia Jaber


Maria Jose Zovico Rosada
Brasil

O EXTRATERRESTRE AQUI EM CASA. (ET - SAPO)

Ouvi um barulho estranho e fui ver do que se tratava. Era uma criaturinha que apesar de estranha, tinha os olhos doces e uma aura quase angelical como a têm as crianças.
Apresentou-se como Sapo; e como já tinha lido a Experiencia de Carlos Leite, não me surpreendeu.
Convidei-o para entrar, o que ele fez com muita graça. Pediu comida, o trouxe para a cozinha enquanto preparava rapinho, arroz, legumes na manteiga, um belo bife e água. Adverti-o para que não comesse os pratos, as vasilhas e copo, pois eram de vidro e podiam causar um baita estrago no seu aparelho digestivo. Servi-lhe também o nosso saboroso café.
Enquanto preparava o almoço, conversamos; mais por telepatia que por palavras, pois, não o entendia muito bem. Ele me disse que os dirigentes do lugar de onde ele vem, estão preocupados com a raça humana; eles acreditam que estamos adorando e servindo um deus errado e muito cruel – que se chama dinheiro. E este serve a outro deus ainda mais cruel que se chama capital. Disse ele, que estes dois deuses, coisificam as pessoas! E que não estamos percebendo.
Então ele me disse que queria partir, mas ficaria no Brasil mais um tempo, porque o Brasil é bem grande. Dei-lhe o endereço da nossa amiga Maria Beatriz, que mora em Lage do Muriaé, no Rio de Janeiro. Ele disse que passaria por lá; mas, antes gostaria de ir para a casa de algum outro colaborador do Portal CEN.
E, acenou-me e partiu naquela geringonça; que num momento está aqui e num piscar de olhos já não está mais. Fiquei com uma sensação de bem-estar muito boa e ele pareceu-me quase feliz.
Maria Jose Zovico Rosada


Maroel Bispo
Feira de Santana-BA, Brasil

As sensações de ET - Sapo na praia de Itapuã

Ontem, no segundo dia de minhas férias em Salvador, acordei cedo, como de costume, e fiz minha breve oração a Deus. Fui em seguida para a cozinha e preparei um delicioso café, o qual tinha frutas como mamão e abacaxi, cortados em cubos, como gosta Natali, o amor da minha vida, minha eterna namorada e esposa. Fiz ainda suco de abacaxi e cozinhei batata doce e inhame, raízes nutritivas e gostosas demais. Antes de iniciamos nosso desjejum, alguém toca a campainha do apartamento. Perguntei, antes de abrir a porta, quem era.
– Sou eu, Sapo!
Fiquei surpreso e curioso para conhecer logo essa figura. Já sabia que ele viria me visitar, que era de outro planeta e que já tinha passado na casa de um amigo poeta de Portugal. Dei-lhe um abraço de boas vindas e pedi que entrasse. Chamei Natali e fiz a apresentação de meu amigo Sapo, que veio nos visitar e conhecer um pouco do Brasil e da Bahia. Nos sentamos à mesa e convidei-lhe para tomar café conosco. Sapo comeu quase toda a porção de mamão, mas não gostou do abacaxi. Sobre o café, ele gostou e disse que parecia com o chá que eles tomam lá, no seu planeta. A batata também ele gostou, pois era doce.  Ele conversava demais e era muito engraçado.  Logo em seguida, fomos conhecer a capital baiana, pois ele disse que gostaria de ver tudo: o  Elevador Lacerda, o Pelourinho, o Mercado Modelo e não poderia deixar de contemplar o sol na famosa praia de Itapuã. Então pegamos o carro no estacionamento do prédio e fomos, eu e Natali no carro, e ele, conduzindo sua nave, logo acima de nós.  As pessoas na calçada olhavam espantadas, se perguntando o que seria aquilo. Sapo ficou encantado, e em cada lugar que íamos, pedia para registramos com fotos. Fomos ainda conhecer o Projeto Tamar, que cuida das tartarugas marinhas, as quais ele amou e brincou bastante com elas. Porém, ao chegar na praia de Itapuã, ele não se conteve.
Pasmo, diante de tanta beleza, daquelas águas cristalinas, do belo por do sol, pediu papel e caneta e fez um lindo poema, que me fez chorar de emoção.
Pleno de verve lavrou o seguinte texto:
“Silenciosas ondas arremetendo sobres as rochas,
E na enseada daquele cais vazio, lágrimas brotam.
Densas nuvens encobrindo os céus azuis,
E, vagarosos, raios do sol poente se lançam.
Se Sapo se emocionou ao contemplar as belezas exóticas da praia de Itapuã, o que dizer de mim, atônito com aquela venustidade, ao ler o trecho desse poema por ele escrito? Logo, em prantos,  lhe perguntei:
– Você é poeta? Ele titubeou, respirou fundo e respondeu:
– Não meu querido. Sou apenas um viajante dos planetas, um apaixonado pela vida, um amante da Literatura, um ser que voa e brinca com as vogais e as consoantes, um provocador de palavras.
– Como assim? Inquiri-lhe. De novo, ele demorou de responder e falou:
– Venero demais a sombra dos rochedos e admiro sobremaneira do fulgor do sol poente, que esvaindo-se, sempre me causa saudades... E assim, apenas me inscrevo no rol desses sujeitos que fazem das palavras o seu pão, e da poesia sua vida. Se o nome que vocês dão a essas pessoas é poeta, então eu sou.
Maroel Bispo


Mônica Serra Silveira
Fortaleza CE – Brasil

ET - SAPO

Sai de casa com a correria de costume para trabalhar, embora more a poucos metros do trabalho, na TV Ceará. Lá chegando encontrei a emissora no escuro. Computadores parados, ilhas de edição desertas.
– O que houve, faltou luz só nesta rua?
– Não, só aqui nesta TV. Os técnicos estão tentando descobrir o que houve.
Nossa conversa foi interrompida por um grito de pavor. Corremos para a área do estacionamento da emissora. Um dos técnicos estava lá no alto, todo encolhido em frente a uma criaturinha miúda, que mal dava para perceber de longe, onde estávamos. O pequeno estranho estava igualmente apavorado e encolhido. Pedi licença ao cinegrafista para olhar pela lente com um zoon. E lá estava ele, o famoso Sapo, amigo de meu querido amigo Carlos Leite.
– Calma gente! Não tenham medo, é só o Sapo.
– Sapo!!! – Repetiram em coro.
– Sim, um etezinho amistoso, que veio aprender português aqui na Terra.
– Ei, Sapo, desça aqui, venha tomar um cafezinho, comer um pedaço de pizza, que sei que você gosta.
Os colegas de trabalham ouviram surpresos e curiosos. Expliquei a história do Sapo e tudo ficou bem. Nunca um ET foi tão mimado. Até uma excursão na praia foi organizada, com cobertura jornalista e tudo. Sapo deixou um depoimento gravado. Incompreensível é verdade, mas quem sabe um dia não será traduzido. Depois o pequeno ser sumiu do mesmo modo que apareceu, certamente para visitar outro amigo terráqueo.
Mônica Serra Silveira


Sonia Nogueira
Fortaleza – Brasil

ET Sapo

Estava eu absorta lendo um conto sobre o inesperado. De repente a sirene toca. Olhei no olho biônico e vi uma figura estranha. Hesitei em abrir a porta, por temer o desconhecido.
– Indaguei: que é o senhor?
– Não sou senhor, considero-me um amigo só por querer conhece-la e chegar à sua casa.
Senti segurança na voz e no olhar. A voz é o som que invoca amizade e o olhar o retrato da alma. Era uma figura realmente confiável, de estatura pequenina e bondade na fala.
Abri a porta mandei-o entrar.
– Sente-se. Qual o seu nome?
– Eu sou o ET Sapo de outro planeta do bem. Vim aqui só para conhecê-la.
– Por que eu?
– Não só você. Ando na casa de pessoas de bom coração, sincera, amiga e faz parte das pessoas que defendem a justiça social e a igualdade entre os povos.
– Obrigada. Mas é difícil conhecer pessoas, pela net. No contato direto conhecemos melhor as pessoas. Há tanta maldade.
– Você é assim. Não é amiga? Pergunto só para ver sua afirmação. Tenho meus métodos para ler uma pessoa. Os textos é o retrato de cada uma.
– Obrigada amigo ET Sapo. Você realmente é um bom leitor e observador de seus escolhidos.
– Quer merendar comigo? Tenho na geladeira um sorvete delicioso de maracujá.
– Aceito de muito bom grado. Que delícia seu sorvete.
– Você é escritora, Sonia?
– Como sabe o meu nome?
– Está aí nos livros da mesa. E o Carlos me deu o nome dos melhores amigos dele.
– Quer lê meus livros?
– Quero, e os lerei rápido e com  muito prazer.
– Ofereço-lhe, então, um de cada safra minha. São treze.
– Grato pela oferta. Traga-me um pouco de água.
Fui buscar a água e ao voltar o ET sapo havia desaparecido e deixou uma rosa vermelha com os dizeres. Para uma amiga inesquecível.
Pus a rosa em um jarro com água. Ao acordar no outro dia a rosa havia desaparecido. Que visita estranha e misteriosa. Tão misteriosa quanto a vida.
Sonia Nogueira


Vilma Matos
Fortaleza – Ceará – Brasil

A VISITA INUSITADA: O ET - SAPO

Tinha saído com o carro da garagem, quando um “cara” pequeno e muito esquisito surgiu à minha frente e para meu espanto, saltou para o capô do carro, fazendo sinais pra eu parar, ele gritava, desesperadamente, dizendo ter sido o Carlos Leite Ribeiro, quem lhe forneceu o meu endereço.
Embora, tivesse considerado improvável aquela informação, visto que, devido a minha carga de trabalho eu estava afastada das produções literárias do Portal CEN, despertou-me interesse pelo fato dele ter citado o nome do Presidente da maior ponte literária entre Portugal e Brasil, além da curiosidade que me queimava os neurônios, pra saber o motivo que levou o Carlos ter indicado meu nome pra recepcionar, o estranho visitante! Pisei com força no freio, fazendo o carro parar, imediatamente.
Aconteceu que, a “coisinha” esquisita caiu longe, ele estava branco, mas aos poucos foi voltando sua cor verde-escura. Quando o vi no chão, pensei que tivesse lhe machucado. Apressadamente, sai do carro e corri em seu socorro, certificando-me logo que ele estava bem, apenas assustado, enquanto isso, eu também buscava me restabelecer do susto, mas com fúria e descontrolada, fui logo lhe acusando de louco, por ter se jogado em cima do capô do carro, em movimento.
Passado alguns instantes, já mais calma, perguntei-lhe: O que você deseja de mim? Pausadamente me respondeu: “O Carlos me disse que lhe procurasse, pois você iria me mostrar a ‘Loura desposada do sol’.” Naquela ocasião, não me veio à mente que essa era a metáfora que o poeta Paula Ney utilizava, quando se referia a capital do Ceará, em suas produções literárias. Dai lhe perguntei: o que mesmo você quer conhecer? Foi quando ele se apressou e disse: “A bela Fortaleza”!
Convidei-o a entrar no carro, ele foi logo dizendo que queria conhecer Dragão do Mar, sem mais delongas nos dirigimos rumo ao Centro Cultural Dragão do Mar, chegando lá, ele falou meio dececionado, “não é isso, quero conhecer a criatura humana que deu origem ao nome desse centro cultural”. De pronto lhe respondi que era impossível, visto que já haviam se passado 160 anos de seu nascimento e morte, que Dragão do Mar era o seu nome de guerra, mas que seu verdadeiro nome era Francisco José do Nascimento, que além de ser conhecido como Dragão do Mar também atendia pelo codinome CHICO DA MATILDE.
Acrescentei que ele foi líder dos jangadeiros nas lutas abolicionistas, nascido em 15 de abril de 1839, numa cidade praiana de nome Canoa Quebrada, Aracati, Ceará, tendo falecido no ano de 1914, por isso a impossibilidade de apresentar-lhe.
Essa revelação deixou o ET Sapo, extremamente impressionado, pois considerava essa morte prematura, visto que em seu planeta, o tempo médio de vida girava em torno de 400 anos!
Dei-lhe uma breve explicação e seguimos em direção da praia de Iracema, chegando lá, avistou uma jangada e logo pediu pra dar uma volta. Aproximei do jangadeiro que, com os olhos arregalados e tremendo de medo, perguntou-me o que era aquela coisa verde. Respondi que se tratava de um visitante de outro planeta, mas que era amigo e queria apenas conhecer Fortaleza e suas belezas naturais, já mais calmo e confiante, o jangadeiro nos conduziu até sua jangada e içou a vela e lá fomos velejar sobre o mar de Fortaleza. Sempre que o nosso visitante pedia ao jangadeiro que se afastasse mais e mais da orla marítima, ele me olhava com ar desconfiado. Passado algumas horas, o jangadeiro me olhou e disse: “A gente já se afastou mais do que devia, o mar pra essas bandas fica muito violento e perigoso!” Depois de ouvir o experiente jangadeiro, a minha  preocupação aumentou, visto que as águas do mar pareciam aborrecidas com a nossa presença.
De repente, o ET Sapo tira de uma parte esquisita de seu corpo, uma caixinha e, com grande habilidade tratou de abri-la, foi quando de dentro apareceu uma minúscula nave. Ele agradeceu o passeio de jangada e entrando em sua nave, convidou-me a entrar com ele, pois queria me proporcionar um giro pelo espaço. Imaginem só: eu com um ET Sapo, numa nave extra terrestre…
Contudo, mesmo hesitando e com medo, mas devido a insistência do amiguinho ET, arranjei coragem pra aceitar que me levasse até o local, onde  tínhamos deixado o meu carro. Foi incrível, pois, em questão de segundos, já estávamos nos despedindo, não deu tempo, nem mesmo de me certificar como era o interior da nave, ele já foi se despedindo e dizendo: “Aguarde-me que em breve voltarei a aparecer-te”. Respondi-lhe: Não se incomode, pois já o conheci e uma vez chega…
Vilma Matos


Fim do 2º Bloco

Deixe seus comentários abaixo! Adorariamos conhecer sua opinião!
Se quiser participar, envie sua versão da Visita do ET Sapo, em prosa ou verso, até o dia 27.01.2018, para o e-mail: carlosleiteribeiro@sapo.pt.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Brincar sem Abusar - BLOCO 1


“Brincar sem Abusar”
BLOCO 1



Em comemoração do 20º Aniversário do Portal CEN - CÁ ESTAMOS NÓS lançamos o desafio Brincar sem Abusar a todos os Autores, Autoras, Amigos e Amigas do PORTAL CEN. Aqui vai o primeiro bloco do mote - Visita do ET Sapo:


Dermeval Neves
Araçatuba, SP, Brasil

Estranho Visitante

Manhã de segunda-feira, 07h00. Estava eu na minha cozinha a preparar meu café da manhã quando ouvi um zumbido forte debaixo da mesa e meu gato começou a miar insistentemente. Fiquei curioso e ao olhar debaixo da mesa vejo um pequeno disco voador com uns quinze centímetros aproximadamente e um pequeno ser se desviando das patas do gato.
Lembrei-me de que meu amigo Carlos me avisou que eu receberia uma visita estranha, mas não fazia ideia de que seria o tal Sapo uma criatura tão pequena.
De repente ele e o disco desapareceram e quando levantei a cabeça eu vi o disco e o Sapo em cima da mesa. Ele me fez sinal para aguardar um pouco e desapareceu novamente, surgindo ao meu lado em tamanho maior e pisando no rabo do gato, que saiu correndo assustado.
Ele me disse que já me conhecia, que o Carlos já havia falado de mim e ficou olhando para a tela do meu notebook que estava ligado em cima da mesa, com as notícias do dia na tela. Olhou firmemente para a tela e a tocou com seu dedo luminoso por uns instantes, enquanto seus olhos viravam e refletiam os números da Matrix. Ao fazer isto, me disse que percebeu que eu tinha uma reunião importante em uma usina de açúcar e álcool e que gostaria de ir comigo para conhecer a exploração da cana de açúcar.
Disse ele que não estava com muita fome, mas sem que eu tivesse tempo de falar alguma coisa, lá se foi todo meu desjejum, com pratos, talheres e tudo que estava à mesa...
Ele perguntou se poderia ir comigo no meu carro e não fiz objeção. Tocou em seu disco, o miniaturizou e colocou em uma espécie de bolsa em seu peito, tal qual um canguru abriga seus filhotes.
Ao passarmos por um canavial, ele ficou encantado com a cana crescida sendo colhida por máquinas e caminhões que saiam cheios em direção à usina.
Quando lá chegamos, ele me disse que iria reduzir ainda mais seu tamanho e que ficaria no meu bolso para não me atrapalhar e que observaria tudo à sua volta.
Durante a reunião ele ficou quietinho e como eu queria mostrar-lhe tudo em uma usina, pedi autorização ao gerente para visitar as instalações, pois precisava verificar os locais onde seriam instalados os equipamentos que eu estava vendendo para eles. Autorização concedida, lá fomos nós...
Ao ver que estávamos sós, ele cresceu um pouco em meu bolso e segurando nas bordas com suas mãozinhas começou a observar tudo. Fui para a parte da recepção da cana e ele ficou encantado ao ver as carrocerias dos caminhões serem tombadas no hilo e toneladas de cana caindo na mesa transportadora.
Ao passarmos pelo sistema de lavagem da cana, ele mostrou um pouco de medo de água e se aninhou no fundo do meu bolso. Depois se animou e viu com um brilho nos olhos a cana ser picada, martelada e transformada em minúsculos pedaços caindo numa esteira em direção às moendas para extração do caldo da cana. Aquele caldo grosso agora corria para um tanque de decantação e fervura para formar o mel do açúcar contido na cana. Ao ver todo aquele melaço ele saltou do meu bolso e flutuando na mistura vi sua barriga se inchar desmesuradamente e me preocupei muito. Com um pedaço de madeira retirei-o da mistura e para minha surpresa ele estava limpo como meu gato depois do banho, mas com uma cara de alegria por ter saboreado toda aquela doçura.
Passo seguinte, fomos para a área de cristalização do açúcar e ele ficou admirado em ver como aquele caldo grosso e escuro se transformava em pequenos cristais brancos e límpidos como diamantes. Nesse momento ele sacou uma espécie de arma e direcionou para a esteira onde o açúcar deslizava rumo ao empacotamento. Uma grande porção de açúcar desapareceu da esteira e ele guardou o coletor e disse que aquele seria seu lanchinho para mais tarde, pois estava com a barriga muito cheia.
Depois de ver a produção de açúcar, voltei ao ponto de separação do caldo onde se divide a produção entre açúcar e álcool. Passei para a área de fermentação do caldo e destilação para produção do etanol, uma das maiores riquezas desse nosso país.
Nesse momento, senti meu bolso tremer e ele estava se preparando para beber uma grande quantidade daquele álcool. Foi difícil, quase impossível convencê-lo de que aquilo não era para beber, mas que somente servia como combustível para mover motores de veículos, carros, caminhões, aviões e máquinas agrícolas, e, que depois lhe daria a provar uma bebida feita de cana de açúcar, específica para se beber, a tal da Cachaça. Ele ficou curioso, mas não disse nada. Por um instante ele desapareceu do meu bolso e não o vi mais por alguns minutos... Fiquei preocupado, mas aguardei...
De repente ele voltou a aparecer no meu bolso e o senti um pouco mais pesado. Perguntei-lhe se mesmo depois de tudo que lhe disse ele havia ingerido álcool, ele me disse que não era louco, pois provou um pouco e aquilho lhe queimou as entranhas e disse que queria experimentar a tal da cachaça... O que ele fez foi mergulhar no tanque de etanol e lá no fundo ele ampliou o tamanho da nave para o máximo possível e encheu o tanque, garantindo que não lhe faltaria combustível para o resto da viagem aqui na Terra e para voltar para casa tranquilamente.
Finalizamos a visita, passando pela área de embarque do açúcar e do etanol nos caminhões destinados ao Porto de Santos e voltamos para casa. No caminho ele falava o tempo todo do que havia visto e ouvido, e, até me deu uns conselhos sobre como eu deveria conduzir uma reunião de vendas, que eu deveria estimular mais a curiosidade do cliente e não falar tudo de uma vez, pois assim ele compraria o equipamento para ver o resultado, que é o maior interesse de um comprador.
Finalmente chegamos em casa. Meu gato olhava aquele ser esverdeado de maneira estranha, que agora estava quase da minha altura, mas depois de uma breve conversa entre ele e o Sapo, parece que as coisas ficaram bem...
Abri uma bela garrafa da melhor cachaça que havia na adega e os olhos do Sapo se incharam de satisfação. Pegou a garrafa em suas mãos, olhou, sugou a rolha com a língua e sorveu todo o líquido como se fosse uma pequena bomba de sucção. Disse-me que não ia comer a garrafa, pois tanto vidro no café da manhã o tinham deixado incomodado.
Após tomar toda aquela cachaça, cambaleou em minha direção, repousou a cabeça no meu ombro e me agradeceu por tudo que tinha aprendido naquele dia. Tirou o disco do bolso, ajustou-se ao tamanho da nave e sumiu dentro dela...
Só me lembro de ter visto aquela coisinha brilhante fazer algumas curvas trêbadas na minha sala, atravessar a minha janela e desaparecer no céu entre brilhantes piruetas e loopings intermináveis...
A partir daquele dia, de vez em quando, meu gato me olha e murmura entre miados um chinogatomarquês que não consigo entender de jeito nenhum...


Adriana Sousa
Campo Florido / Minas Gerais - Brasil

Amigo Carlos bate a minha porta algo estranho!
- O que faço? Abriu sozinha a porta!
- Caí no chão ao ver a minha frente uma coisa estranha de cor verde e olhos grandes parecendo um sapo. Mesmo assim com voz trêmula convidei para assentar.
E logo em seguida me perguntou o meu nome e se eu conhecia Carlos Leite Ribeiro?!
Mais que depressa respondi:
- Não pessoalmente mais é um amigo virtual.
Ele então disse;
- Fique tranquila sou da paz e dos versos...
Fiquei um pouco aliviada.
Dei a ele um suco de uva e um delicioso biscoito frito.
É essa coisa estranha comeu tão rápido que não sobrou para eu fazer companhia.
Fiquei paralisada e num abraço gelado que me deu desapareceu...
Mais ficou em cima da mesa uma escrita assim:
- Sou da paz
- Sou da Luz
- Brinco com as palavras
- Sei que você também isso faz
- Cuide com carinho a tua cruz
- Agora em outra porta vou bater e entrar...
Não tenha medo sou um ET Extraterrestre.
Deixo minha paz aos países por onde passo.
Até breve...
Sou um sapo pra você... Kkkkkkk!

Adriana Garcia


ANTONIO CABRAL FILHO
Rio de Janeiro - RJ/Brasil

Cururu Ninja (ET Sapo)

Após a sesta, como de costume, fui preparar um lanche. E com umas duas horas de cozimento, meu panelão de aimpim estava pronto. Peguei uma gamela e um pote de manteiga e coloquei-os sobre a mesa de jantar. Quando ia tirar aipim para pôr numa bacia com o objetivo de resfriá-lo, ouvi uma pancadaria no meu portão, que é de ferro. Crendo tratar-se de uma emergência, fui atender correndo. Abri-o olhando para fora em busca de alguém, enquanto um vento gelado atingia meu lado direito, na altura das pernas. Não dei importância, preocupado em achar quem teria espancado meu portão, pois receberia o dobro em troco. Corri os olhos à direita e à esquerda, inutilmente, ninguém, rua vazia.
- Estou aqui! Ouvi uma voz rouca, vinda do fundo do corredor para a sala,  num português rascante, típico daqueles fugitivos da guerra de Angola, que chegavam ao Brasil, sem trouxa nem cadelinha, escrachando com a ditadura de Salazar. Sem entender nada, olhei, bem devagarzinho, e divisei a figura de um corpo parecido com o de uma tartaruga, daquele tipo do filme Tartarugas Ninjas, e perguntei como entrara sem eu lhe ver. Respondeu-me que não tinha tempo para delongas, que estava em missão e vinha trazer-me um comunicado, mas a sua dicção era tão truncada, tão rápida, que lembrava os japoneses da segunda guerra mundial, fugindo aos bombardeios.
- Antes de mais nada... Inútil tentar um entendimento. Ele falava sem parar. Queria confirmar se eu era produtor gráfico, designer de sites, conhecedor de muitas plataformas...
- Antes de mais nada... Insisti em comunicar-me com “aquilo”, mas o mesmo não parava de falar. Fui em sua direção e, sem convite nem qualquer formalidade, entrou em minha sala, sentou-se em minha poltrona de repouso, se espojou de toda forma e falando sem parar. Seus assuntos giravam em torno de programação visual, edição de textos, imagens, gestão de conteúdo etc.
- Cala a boca ou eu... Continuou falando e quis saber se eu não teria nada para ele fazer um lanchinho. Único momento em que pareceu ser sensível. E ao pensar em dirigir-me à cozinha, o troço partiu pra lá. Quando cheguei, já o encontrei com as mãos lambuzadas de massa de aipim, que comia vorazmente. Em menos de três minutos, meu panelão de dez litros, cheio de aipim para fazer bolinhos, simplesmente desapareceu.
- Vou precisar de sua lista de contatos... Disse-me quase engasgado com aipim.
- O quê?! Nem morta santa! Respondi aos gritos e continuei gritando, perguntando-lhe se ele sabia que meu país estava sofrendo um golpe de Estado, de tipo sui generis, comandado pelo crime organizado a serviço das principais corporações econômicas mundiais, tendo à frente os USA, Donald Trump e CIA... Mas, ao olhar ao redor, eu estava falando sozinho, e sai andando encabulado, rumo à porta da sala, que estava aberta. Olhei para o portão da rua, que estava fechado, e, pensei: eu estou maluco.
ANTONIO CABRAL FILHO


Carolina Ramos
Santos SP - Brasil

Visita estranha... (ET Sapo)

Caro Amigo Carlos:
Agora compreendo muita coisa estranha que por aqui aconteceu e para a qual eu não tinha a mínima explicação.
Após um tec-tec, (não um toc-toc), em minha porta,  deparei-me com uma certa pessoinha verde e magra a lembrar um gafanhoto de olhos grandes, saltados  e enigmáticos como  os de um sapo. Dava-me pela cintura e apertava o ventre volumoso como se tivesse dentro dele um tsunami!
Sem dizer palavra, a tal pessoinha, que não sei a que gênero pertence, fechou a boca usando as duas mãos e, entrou correndo para dentro de minha casa como que impulsionada por uma onda gigantesca que  lhe brotasse  das entranhas a  derramar-se  pela praia  da minha sala de visitas, sobre o sofá e a escorrer pelo piso recém-encerado como um espelho!
Não imagina o amigo Carlos, o que por lá apareceu naquele mar de surpresas e destroços! Nem a lata de lixo de uma pizzaria, aqui de São Paulo, depois de um sábado,  teria tal variedade, dispensada antes mesmo de sair do próprio invólucro! Até cacos de vidro, fundos de garrafa e pedaços de papelão mastigado completavam aquele mar nauseabundo!
A perplexidade tomou conta de mim, enquanto, sem saber o que fazer, procurava atender e dar conforto àquela pessoínha verde, de olhos  constrangidos, que procurava remediar o que acabara de acontecer.
E foi então que, ainda ressabiado, aquele “estranho gafanhoto” com olhos de sapo espantado, me entregou copia dessa história  que tu,  meu amigo Carlos, vivenciaste, e que, mais tarde, eu leria na tela do meu próprio computador.
Espero que este visitante, agora um pouco menos verde, se restabeleça,  depois do chazinho de erva-doce que lhe servi, e que tomou com gosto. Assim, quem sabe, ele me entregue, afinal, as instigantes minudências que o trouxeram até a minha porta e que tanto me intrigam! Se isto acontecer, prometo que te contarei!
Abraço da amiga brasileira, 
Carolina Ramos

Eliana Ellinger
Israel

Visita Inesperada (ET Sapo)

Foi ontem. Chovia tanto que a vontade era de ficar debaixo do edredom assistindo TV.
Mas, escutei baterem na porta e, levantando do meu conforto, fui abri-la. Olhei, olhei, não vi ninguém.
Novamente o "tum tum tum" na porta! Abri... Desta vez olhei para baixo e vi uma figura que me pareceu um anãozinho.
Ele disse:
- Por favor, dá-me um abrigo.
Fiquei temerosa, pois nunca havia visto essa figura aqui, mas, seu olhar era tão meigo e sua voz tão suave que o convidei para entrar.
- Obrigada, Eliana, está muito frio lá fora e não posso andar nessa chuva.
- Ué - espantei-me - como sabes meu nome?
- Eu estava em Marinha Grande, Portugal, na casa do nosso amigo Carlos e foi com uma enciclopédia que ele me emprestou que aprendi a falar seu idioma.
Depois, ele me deu os nomes dos amigos do CEN e o lugar onde moram. Escolhi vir te ver.
- Obrigada, mas qual teu nome? De onde vens?
Ele segurou minha mão e conduziu-me â janela...
- Meu nome é estranho, não vais entender, mas podes me chamar de Sapo esse foi o nome que Carlos me deu.
Na janela, apontou para o céu mostrando uma luz prateada láááá longe...
- Dali que venho, viajava com meus pais e irmãos para conhecer os países da Terra, mas me perdi...
- Ah! Então tu és um extraterrestre! Lembro agora do filme que assisti muitas vezes e adorei: o ET... Eras tu?
- Não, era meu primo que também se havia perdido...
Sapo já estava aqui a quase uma hora, só conversando. Mas, a visitas se oferece algo para comer e, por acaso, eu havia feito uma sopa deliciosa com legumes e verduras. Coloquei num prato e ofereci... Ele lambia os beiços, pegou o prato e bebeu a sopa como se estivesse num copo! Fui pegar também uns pasteizinhos de queijo e quando voltei vi que bebia a sopa toda da panela...!
Sapo me olhou, baixou os olhos como se pedisse desculpas. Não fiquei zangada, até ri e muito!
Aí, abri a geladeira para pegar um suco de frutas para tomar com os pastéizinhos... Ele arregalou os olhos, sorriu e tomou-me das mãos, comeu tudo, bebeu tudo e, satisfeito, agradeceu-me a guarida.
- Como vais voltar para donde viestes?
- Não sei... Se eu tivesse um celular seria fácil me comunicar com eles...
- Eu tenho! Te empresto!
Todo feliz, Sapo discou: 0#&=?»«ª:><"!^~1
Nossa! Que complicado, pensei. Mas logo atenderam e os ouvi falarem, sem entender nada, é claro!
- Obrigado, amiga! Eles estão nessa Terra Prometida também. A chuva passou, vou encontra-los para continuar a viagem.
- E para onde vão agora?
- Não sei, um escolhe e os outros dirigem a aeronave. Ah! Será que ainda tens uns pastéizinhos? Huummmm... Queria levar para eles degustarem.
Bem, todos que restaram - com prazer - dei a ele.
E Sapo se foi... Confesso, ele me conquistou na amizade. Tomara que um dia nos encontremos novamente.
Eliana Ellinger


Henriette Effenberger
Bragança Paulista SP - Brasil

Visita do ET Sapo

Confesso que estranhei quando aquela figura disforme, de menos de meio metro, me interrogou numa língua que pensei desconhecer, mas que percebi que entendia perfeitamente, e, trêmula, quase gaguejando, respondi: Henriette, ao seu dispor! Falei e ao mesmo tempo me arrependi: – Como poderia me colocar à disposição daquele ser? Enfim, já havia dito e tentei sorrir para parecer simpática.
Como boa anfitriã que sou, ofereci um café expresso e alguns biscoitos! Pois não é que ele aceitou, sorriu com um arremedo de boca ao mesmo tempo em que despejava o café fumegante e os biscoitos diretamente no buraco no abdomem, onde deveria estar o umbigo, mas que estranhamente sugou o conteúdo da xícara, todos os biscoitos do saquinho, após o que o buraco imediatamente se fechou, sem deixar nenhum sinal ou cicatriz.
Logo em seguida, percebi, olhando pelos cantos dos olhos, que a tal figura olhava de forma estranha para a Clarice, minha gata, que ao vê-lo, arrepiou-se todinha e saiu quintal afora, encarapitando-se no alto do pé de acerola, feito um passarinho.
Perguntei a ele o que de fato queria, ele me disse que viera apenas para uma visita de cortesia, indicada pelo amigo Carlos Leite Ribeiro, com quem ele esteve minutos antes. Nada mais me disse, nem me perguntou. Agradeceu o café, pediu mais biscoitos para continuar a viagem, despediu-se dizendo que visitaria outro amigo do Portal Cen, mas como ele me pediu segredo, não conto quem será a próxima pessoa a ser visitada!
Henriette Effenberger


Isabel C S Vargas
Pelotas, RS, Brasil

Visita do ET Sapo

Prezado  amigo Carlos.
Seu amigo Sapo enviou-me um e-mail avisando sua chegada à  minha cidade.
Fiquei preocupada em receber tão estranha figura, considerando  o mesmo ser um alienígena  cujas reais intenções  não sabemos na íntegra.
Considerando que moro na praia, uma praia de lagoa de água  doce que dependendo da maré  entra água  do mar e fica salgada proporcionando  uma boa safra de peixe e camarão, eu marquei de nos encontrarmos na praia, visto que não me atrevi a receber em minha casa um desconhecido interplanetario.
Minha surpresa foi grande ao recebê-la, sim ela, porque o visitante tem o poder de assumir a identidade que desejar e para mim veio em uma personagem feminina, misto de sereia e mulher.
Loira, olhos azuis, rosto angelical, linda cauda de escamas lilás, que de acordo com a luz do Sol  ficava mais intensa ou mais azulada, formando uma escala ao longo da mesma de diversas tonalidades.
A princípio tinha pensado em oferecer para sua degustação  pastéis  de camarão  e peixe, muito apreciados aqui. Entretanto, devido sua identidade de mulher e sereia ela informou não gostar de ingerir seus companheiros da água, pois acreditava ser politicamente incorreto e também  por não ter coragem.
Ainda bem que minha cidade é de tradição portuguesa o que me deu uma gama de possibilidades para ofertar-lhe.
Fomos à confeitaria mais badalada da praia onde lhe ofereci sucos feitos na hora e doces típicos, pois anualmente  realizamos a Festa Nacional do Doce.
Ela, Aurora degustou quindim, fios de ovos, negrinho, branquinho, brigadeiro, trouxinha de nozes, bombom de morango, de uva, pastéis  de Sta Clara, bem-casados, torta de maçã, tudo quanto ela conseguiu provar  até  sentir-se estufada e satisfeita, além  de encantada.
Depois disso, passeamos na praia onde ela foi a sensação, sendo que as crianças acreditavam ser uma pessoa com uma fantasia que deixava aparecer uns minúsculos pés à  frente das roupa de escamas coloridas.
Para conhecer mais das tradições  do Sul do Rio Grande do Sul, levei-a ao Museu da Baronesa, no Centro de Tradições Gaúchas  onde  conheceu as danças e a indumentária  típica so Rio Grande.
Tão bem entrosada e mostrando sua versatilidade, ao ser convidada para aprender as danças gauchescas, não  se fez de rogada e saiu a girar no salão, aprendendo nossa dança que tem muito semelhança com as danças típicas portuguesas.
Por fim, ofereci-lhe um chimarrão que ela sorveu lentamente e, após,  despediu-se prometendo voltar aqui após  retornar do Uruguai, para onde se dirigia, visto  ser bem próximo daqui, umas poucas horas de viagem.
Assim foi nosso contato, só  não perguntei sob que forma chegaria lá, nem.como retornaria.
Isabel C S Vargas


Maura Soares (Profª)
Florianópolis, SC, Brasil

O SAPO E.T.

A campainha tocava insistentemente. Havia deitado tarde após ler “Os que não são convidados”, romance em que seres aparecem para amedrontar os residentes da mansão à beira de um penhasco, e custei a entender que não era o despertador e sim a campainha da porta.
Sonolenta, puxei a cortina e vi um ser pequenino com a ponta de um longo dedo colada na campainha.
- O que é isto? Pensei. Estou sonhando ou aquilo ali é um E.T. que nem o filme do Spielberg?
Como o Ser não parecia ameaçador, abri a porta.
- O que você deseja? Perguntei bocejando.
- Quero entrar, disse o alienígena.
Desconfiada como sou, meti a cabeça para fora da porta e olhei para os dois lados da rua. Vi uma nave – sabia que era uma nave, pois assistira ao filme, estacionada na esquina com as luzes acesas àquela hora da manhã.
- Esta é a minha casa. Não posso permitir que entre sem saber o que você deseja. Primeiro me responda de onde você é e porque resolveu bater em minha porta.
- É que sei que aqui não existe aparelho de TV e eu odeio aparelhos de TV. Me dão arrepios.
Quase caí na gargalhada. Arrepios? Você tem o corpo todo liso. Como pode se arrepiar?
- Eu me arrepio, sim. Quer ver?
Imediatamente a pele dele ficou toda eriçada.
Acreditei, claro, depois de ver. Já disse que sou desconfiada.
- Quero entrar, insistiu o E.T.
- Afinal, são sete horas da manhã, acordei com você na minha porta. Hoje é domingo, durmo um pouco mais. O que quer, afinal? Fazer alguma enquete?
- Quero algo para comer!
- O que você come? Pelo que me consta ETs não se alimentam.
- Se alimentam, sim. Deixe-me entrar.
Vi que aquele pequenino Ser nem de longe foi agressivo e me afastei da porta e deixei entrar.
Fechei a porta. Ele educadamente ficou parado para ver a minha reação.
Encaminhei-me para a cozinha só me lembrando de o que teria na geladeira para oferecer. As sobras da semana. O que vou fazer? Vou ver o que ele deseja. Será que esquento no forno de micro-ondas, ou ele come tudo gelado?
Diante destes pensamentos, fui casa à dentro e ele me seguindo com seu andar balanceado.
Abri a geladeira e ele olhou tudo maravilhado.
Disse: - Fique à vontade em escolher. Terça-feira tem feira livre aqui perto e comprarei novo estoque.
Enquanto fui ao quarto trocar de roupa e lavar o rosto, o ET de uma só tacada comeu uma cartela de ovos, pedaços de frango, arroz, lentilha, o leite com a embalagem, a salada que havia feito na noite anterior, sorvete, um pequeno recipiente com feijão e arrematou com meia garrafa de vinho.
Fiquei surpresa. Os recipientes de vidro não foram engolidos. Os demais foram para o bucho do ET.
Ele olhou para mim, deu um grande arroto e foi embora.
Me joguei na cadeira da cozinha, sem acreditar naquilo.
Acho que ninguém vai acreditar.
Profª Maura Soares


Syspoetisa Sabino
Brasil

1
Feliz eu admirava o dia
Dia calmo de domingo
Domingo que abençoei
Abençoei com versos,
2
Versos eu tecia
Tecia versos Ecosys
Ecosys bailavam borboletas
Borboletas voavam livres,
3
Livres iam e vinha até a porta
Porta de vidro transparente
Transparente chama a atenção
Atenção de um homem que eu vi,
4
Vi na porta um homem verde
Verde era seu terno e chapéu
Chapéu combinando com o sapato
Sapato verde como folhas,
5
Folhas ele trazia na mão
Mão que ele me estendeu
Estendeu a mão e sorriu
Sorriu dizendo meu nome,
6
Nome que alguém o informou
Informou meu nome para ele
Ele veio me visitar
Visitar para aprender,
7
Aprender a escrever um Ecosys,
Ecosys abre portas aqui
Aqui sou amiga de quem chega
Chega mais, senhor?
8
Senhor Sapo! Ele me informou,
Informou que o Dr. Carlos o enviou
Enviou com bom propósito
Propósito que ele gaguejou,
9
Gaguejou observando tudo
Tudo ele queria saber o começo
Começo tem fim, perguntou,
Perguntou rindo e bebendo suco,
10
Suco foi o que ele bebeu
Bebeu olhando as borboletas
Borboletas que dele fugiam
Fugiam com medo do sapo,
11
Sapo hoje ele é
É para beijar?
Beijar e ver a transformação em homem?
Homem sábio vem,
12
Vem de longe aprender
Aprender a interagir
Interagir com boa prosa
Prosa fiquei hoje, toda feliz.

Syspoetisa Sabino



Vanda Maria Jacinto
Brasil

Visita especial (ET Sapo)

Olá meu amigo Carlos,
Agradeço o carinho da lembrança em enviar-me tão distinta visita! Adorei o nosso amigo em comum, o Sapo!
Não consegui localizar com exatidão de que parte do universo se originou nosso amigo, mas não me importo com isso… Desfrutamos a convivência de dias maravilhosos!
Como sabes, moro no nordeste brasileiro, especificamente na cidade de Mossoró - Rio Grande do Norte, onde o sol brilha nos trezentos e sessenta e cinco dias do ano, fato esse que me levou a crer que o Sapo, vem de alguma galáxia onde o sol também é o “Astro Rei”, pois jamais vira tamanha e tão rápida adaptação climática!
Acredita que ele em nenhum momento reclamou do calor? Embora, sempre que eu descuidava, lá estava ele na piscina! Saiu daqui bronzeadíssimo!
Bom mesmo foi no fim-de-semana em que o levei à Praia da Ponta do Mel.
Nossa! Ficou maravilhado com a vasta área litorânea do nosso estado e suas belezas naturais!
Tive dificuldades em trazê-lo de volta à cidade!
Aproveitei no caminho, para mostrar-lhe uma das muitas salinas da região, bem como os cavalinhos, extratores de petróleo – duas das fontes econômicas da cidade. Daí foi uma longa história, pois tive que esclarecer o que sei, sobre  o petróleo.
Outro momento legal foi mostrar e convidá-lo a provar da nossa culinária tão específica, adorou o nosso cafezinho brasileiro, a tapioca, a paçoca de carne de sol com arroz de leite, pamonha, canjiquinha, etc.
O interessante mesmo foi colocá-lo diante do linguajar aqui do nordeste.
Se ele teve alguma dificuldade com o seu “Português” não sei, mas temi por esse momento, pois o nosso “nordestinês” difere e muito de outras regiões.
Como já sabes, o tamanho continental do nosso país, faz com que haja diferentes formas linguísticas.
A princípio, percebi alguma dificuldade na comunicação, mas depois, já estava muito melhor que eu, moradora daqui há 37 anos.
Não foi fácil me despedir dele, mas prometeu voltar!
Enfim, meu amigo, eu adorei a indicação, e sempre que receber  visitas desse naipe, pode me mandar que receberei de braços abertos! Aliás, adoraria a sua visita também!
Adoro o inusitado!
Vanda Maria Jacinto


Thais Arrighi
São Paulo/Brasil

Visita do ET Sapo

Hoje ao acordar, tocou a campainha. Curiosa, corri para atender e para minha surpresa nada consegui identificar pelo visor da porta. Decidi então abrir uma fresta por precaução. Surpresa! Deparei-me com uma criatura estranha que mais parecia um pé de couve. Pequenino, verde e desengonçado e logo lembrei da visita que o Carlos Leite contou que recebeu na casa dele em Portugal, e enviou o pequenino para conhecer novos amigos e como também outros lugares do nosso planeta que chamamos de países.
Chamei-o então de Sapo, pois foi esse o nome que o Carlos gentilmente deu a ele. Feliz com a visita, abri a porta e o convidei para entrar. Seus olhinhos que mais pareciam duas lanternas acesas arregalaram com o que via e já foi devorando um vaso de violetas que tinha em cima da mesinha do telefone. Tentei explicar que aquilo não era comestível, mas ele não entendeu nada.
Foi adentrando em todos os ambientes e seu olhar e atitudes eram de espanto.
Deixei que ele ficasse à vontade e... para que ele se acalmasse convidei-o para o café da manhã, que eu ainda não havia tomado. Tomei o cuidado de servir o que eu achava que ele poderia comer sem fazer mal, como queijo, suco, frutas, bolos e o tradicional achocolatado em uma xicara de porcelana com pires. Mas para meu espanto ele devorou tudo em um instante ate os recipientes onde coloquei os alimentos para servir.
Pois bem. Tudo o que lá havia ele tocava primeiro e percebi que ele queria saber o nome. Como em uma cartilha fui desenhando as palavras e como por encanto ele decorava na mesma hora e repetia em forma de sons que dava para entender! A criatura verde não possuía nenhuma identificação  mas seu semblante emitia muita paz. Entendi que ele veio em missão para a terra, pois era de um outro planeta.
Contou que quem o mandou aqui para minha casa foi o Carlos Leite de Portugal, para que ele encontrasse outros amigos espalhados por este mundão virtual! Achei graça de como ele ficou admirado e  perguntou  como era possível morar em caixas empilhadas no caso dos edifícios, pois moro no décimo segundo andar de um edifício. Assim como também quando conheceu o trânsito maluco das grandes capitais, iguais onde moro em São Paulo/ Brasil.
Depois de explicar e matar a curiosidade dele por tudo... Disse-me que tinha que ir embora para dar continuidade a sua missão. Agradeci a sua visita e dei outros endereços para ele visitar. Portanto, se ele chegar à sua casa, abra a porta sem receio  e sim com a esperança  de abrigar em sua casa, um enviado da PAZ!
Seu nome? Acho que é SAPO!
Thais Arrighi


Fim do 1º Bloco

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Se quiser participar, ainda dá tempo: envie sua versão da Visita do ET Sapo, em prosa ou verso, até o dia 27.01.2018, para o e-mail: carlosleiteribeiro@sapo.pt.